O poder de cura pelo som (PARTE I)

Os ritmos os sons e as vibrações quando reproduzidos de forma especifica, podem nos ajudar a reduzir o estresse, criar uma profunda sensação de bem-estar e até promover a cura.

O som pode definir um clima. A trilha sonora na aula de aeróbica nos põe em movimento, por exemplo, enquanto a da ioga promove a concentração tranquila. O som também tem um efeito poderoso em como nos sentimos ao longo do dia. Nossos corpos e mentes reagem de maneira diferente ao barulho implacável de uma britadeira do que a um fio de água em um riacho.

Em outras palavras, alguns sons simplesmente nos fazem sentir melhor do que outros. Quer nossas mentes conscientes estejam prestando atenção ou não , nossos corpos se inspiram nesses sons e ritmos, sabendo quando se energizar e quando desacelerar.

Agora, um crescente corpo de pesquisas sugere que, quando usado de maneira direcionada, o som também pode nos ajudar a reduzir o estresse , criar uma profunda sensação de bem-estar e até promover a cura. De tocar Bach no berçário ao canto yogue no consultório do oncologista, a terapia do som está ganhando popularidade tanto como medicina preventiva quanto como complemento de tratamentos mais tradicionais. Bom para a mente e o corpo, demonstrou ajudar a aliviar a depressão, limpar os seios nasais e ajudar os pacientes com câncer a se recuperarem mais rapidamente da quimioterapia.

O que é cura pelo som?

A ideia de que o som afeta a saúde da mente e do corpo não é nova. O canto e a recitação de mantras fazem parte da espiritualidade hindu e do poder curativo do yoga há milhares de anos. Dado o recente interesse na medicina mente-corpo, não é de surpreender que essa antiga tradição esteja passando por um renascimento moderno.

Então, o que exatamente é isso?

Usando a voz humana e objetos que ressoam para estimular a cura (pense em diapasões e taças), a terapia do som é uma das várias terapias de energia sutil que compõem o campo da medicina vibracional. De acordo com a lei da física, tudo vibra: a cadeira em que você está sentado, a comida que você come, as pedras e as árvores.

“Independentemente de ouvirmos ou não, tudo tem um som, uma vibração própria”, escreve Joshua Leeds em The Power of Sound .

Esse som é chamado de ressonância, a frequência na qual um objeto vibra naturalmente. Cada parte do nosso corpo tem sua própria ressonância natural, e a medicina vibracional é baseada na ideia de que a doença é o resultado dessas ressonâncias naturais desafinadas – seja devido ao estresse, doença ou fatores ambientais .

Ao contrário das vibrações altamente focadas e rápidas usadas no ultrassom (tecnologia já empregada em hospitais para quebrar cálculos renais e verificar a saúde dos fetos, por exemplo), a terapia do som funciona de forma mais suave – mas com a mesma força – para devolver o próprias vibrações do corpo para seus estados naturais.

Como funciona a cura pelo som?

Mas isso funciona? Sim, dizem os terapeutas de som, que trataram com sucesso de tudo, desde estresse até doença de Parkinson e problemas hormonais. Jonathan Goldman, diretor da Sound Healers Association em Boulder, Colorado, viu diapasões aliviarem muitas doenças, incluindo dores de cabeça e vértebras desalinhadas. Diáne Mandle, uma curandeira de som certificada em Encinitas, Califórnia, usa taças tibetanas para trazer os corpos de seus clientes de volta à sintonia.

Em seu artigo “Sound Healing With Tibetan Bowls”, publicado pela primeira vez pela Holistic Health Network, Mandle escreve que seus clientes experimentaram “alívio da dor e desconforto, limpeza dos seios nasais, mudança da depressão , [melhoria] capacidade de dormir. . . , revitalização e clareza, sensação de bem-estar, grande conexão e profunda transformação pessoal.”

Parece bom, certo? E talvez um pouco estranho?

“Usar garfos e tigelas para qualquer coisa que não seja o jantar pode parecer para algumas pessoas um absurdo da Nova Era”, escreve Stephanie Rosenbloom em um artigo de novembro de 2005 no The New York Times . “Mas os curandeiros, às vezes chamados de sondas, argumentam que o som pode ter efeitos fisiológicos porque suas vibrações não são apenas cardíacas, mas também sentidas. E as vibrações, dizem eles, podem diminuir a variabilidade da frequência cardíaca, relaxar os padrões de ondas cerebrais e reduzir as frequências respiratórias”.

Os hormônios do estresse diminuem nessas condições, o que é uma boa notícia para todos, mas especialmente para pessoas com doenças graves. Essa é uma das razões pelas quais Mitchell Gaynor, MD, oncologista e professor clínico assistente da Weill Medical College da Cornell University, em Nova York, usa taças de canto com seus pacientes com câncer. Gaynor vê o som como parte de uma tendência mais ampla de humanização da medicina em que a pessoa como um todo , não apenas a parte que está quebrada, é abordada.

“Acredito que o som pode desempenhar um papel em praticamente qualquer distúrbio médico, uma vez que corrige desequilíbrios em todos os níveis do funcionamento fisiológico”, escreve ele em seu livro The Healing Power of Sound: Recovery from Life-Threatening Illness Using Sound, Voice and Music .

A terapia do som, dizem muitos especialistas, está na vanguarda da cura. E em breve, eles insistem, como ioga e meditação, entrará no mainstream.

A verdade é que você provavelmente já está usando terapia de som em sua vida. Vários anos atrás, três em cada quatro pessoas que responderam a uma pesquisa de saúde da revista Prevention disseram que ouvem música para aliviar a tensão e o estresse. Desses, 82% relataram que isso lhes trouxe alívio significativo.

Portanto, mesmo que você não esteja interessado em investir em um diapasão sofisticado ou em uma tigela de canto, a cura pelo som ainda está disponível para você. Da próxima vez que você precisar de um pouco de estímulo ou de relaxamento, cantarole uma pequena melodia ou, melhor ainda, dê um passeio e desfrute das próprias harmonias curativas da natureza .
Sons que curam

O terapeuta de som faz música de várias maneiras para promover a cura.

Aqui estão algumas técnicas comuns.

Música clássica. A música clássica mostrou aumentar a taxa de desenvolvimento de conexões sinápticas nas mentes das crianças. Também ajuda a estimular a criatividade e aumentar a alegria dos adultos. A música clássica pode até ajudar a tratar doenças físicas como pressão alta e tensão muscular.

Zumbindo. Cantarolar não apenas eleva o seu espírito, mas também clareia a sua cabeça. De acordo com um estudo realizado por um pesquisador sueco e publicado no American Journal of Respiratory and Critical Care Medicine , o zumbido pode realmente ajudar a manter seus seios nasais limpos e saudáveis.

Taças de canto. Seja metal ou cristal de quartzo, uma tigela canta quando você passa um martelo com ponta de feltro em torno de sua borda. Juntamente com os ritmos produzidos ao bater na borda da tigela, as vibrações e os tons desaceleram a respiração, as ondas cerebrais e os batimentos cardíacos, produzindo uma profunda sensação de calma e bem-estar.

Diapasões. Originalmente usados ​​para afinar instrumentos musicais no tom adequado, os diapasões são usados ​​há muito tempo por ortopedistas para detectar fraturas por estresse em ossos grandes. Agora, os terapeutas de som usam as vibrações dos diapasões para aumentar a quantidade de energia nas partes do corpo que estão tentando curar ou energizar. Essas boas vibrações podem apoiar o relaxamento, equilibrar nosso sistema nervoso e aumentar a energia física.

Canto Yóguico e “Om”ing. Cantar, o primeiro passo para a meditação, também é um meio de manter a saúde e o bem-estar. Pesquisas mostram que cantar pode estabilizar a frequência cardíaca, diminuir a pressão arterial, melhorar a circulação, produzir endorfinas e ajudar no processo de metabolismo. Cantar também pode ajudar o foco da mente, o que alivia os níveis de estresse. Por exemplo, repetir a sílaba “om”, considerado um dos mantras mais importantes do yoga, promove uma profunda clareza mental e promove uma sensação de conexão com um poder superior.

Fonte: experiencelife.com